Rio Open estreia clínica de tênis para pessoas com deficiência
“O objetivo é que essa clínica seja algo lúdico, que desperte a paixão pelo esporte e incentive os participantes a continuarem praticando tênis e desenvolvendo as habilidades motoras. Acreditamos muito no poder transformador do esporte”, disse Luiz Carvalho, diretor do torneio.
A atividade será realizada a partir das 14h30 do dia 21/02, quarta-feira, e deverá durar duas horas. A clínica será ministrada por Cláudia Chabalgoity, dona de nove títulos do circuito da ITF, e Sérgio Castro, professor de Educação Física Adaptada da Universidade Estácio de Sá. Sérgio tem uma longa trajetória no esporte adaptado. Além de ser presidente da Federação de Basquetebol para Cadeirantes do Rio de Janeiro e árbitro internacional da modalidade, já organizou diversos torneios internacionais de tênis para cadeirantes. Como forma de reconhecimento pelo seu trabalho, foi indicado para conduzir as tochas olímpica e paraolímpica Rio 2016.
Já Cláudia Chabalgoity, além de ser uma das tenistas brasileiras de maior sucesso no circuito mundial, iniciou, em 1997, um trabalho pioneiro no país com o tênis em cadeira de rodas, criando o Programa de Desenvolvimento do Tênis em Cadeira de Rodas. Claudia foi ainda a responsável pela realização do 1º Mundial de Tênis em Cadeira de Rodas na América Latina, em Brasília, em 2006. Atualmente, está à frente do ‘Projeto Tô No Jogo’, que oferece atendimento para pessoas com deficiência intelectual, incluindo Transtorno de Espectro Autista –TEA e Síndrome de Down, extensivo aos pais e pessoas do seu círculo afetivo.
“É de grande importância o maior torneio da América do Sul, um dos maiores do mundo, abrir espaço, além do social, das crianças, para os deficientes físicos e intelectuais. Isso dá visibilidade e mostra a grandeza do torneio. É uma honra participar dessa ação e espero que todos se divirtam”, disse Claudia Chabalgoity, coordenadora das Clínicas Inclusivas do Rio Open.
Escola de Tênis Cadeiras na Quadra
Fundado em 2009, o projeto conta com quatro núcleos espalhados pela cidade de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. O objetivo principal do projeto é desenvolver a prática do tênis em cadeira de rodas, mas também ajudar durante o processo de reabilitação, atuando como fator de integração social; e criar oportunidades para os atletas praticarem um esporte, tanto no nível recreativo quanto no mais alto patamar competitivo. O público-alvo são pessoas de 06 a 18 anos, portadores de alguma incapacidade física nos membros inferiores que não os permita praticar o tênis convencional.
Núcleo Avançado de Esporte, Cultura e Lazer (NAVES)
O Núcleo Avançado de Esporte, Cultura e Lazer (NAVES) é uma instituição filiada ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e à Confederação Brasileira de Desportos para Deficiente Intelectual (ABDEM/CBDI) que tem como objetivo de gerar inclusão social através da prática esportiva, tanto de maneira recreativa quanto competitiva. O principal esporte desenvolvido pela NAVES é a natação, praticada na ANDEF (Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos) e na piscina do estádio Caio Martins. A equipe participa de todas os eventos organizados pelo CPB e pela ABDEM/CBDI, tendo inclusive conquistado a primeira medalha em um Mundial no ano passado.