Maxwell Alexandre assina arte do Rio Open 2022
Durante os dias de disputa em um torneio esportivo, o local de onde saem os principais lances é uma das figuras principais ao lado dos atletas, e no Rio Open apresentado pela Claro não será diferente. De 12 a 20 de fevereiro, o público que estiver nas arquibancadas não vai tirar os olhos da quadra de saibro. E foi ela a maior inspiração para que o artista Maxwell Alexandre criasse a obra que ilustra o pôster da oitava edição do maior evento da América do Sul e único ATP no Brasil.
“Ao ser convidado pelo Rio Open, fui buscar na minha história, elementos visuais que fizessem menção ao esporte. A primeira relação que estabeleci foi entre a cor amarelada do papel pardo, suporte principal de minha pintura figurativa nos últimos anos, com a cor terrosa do saibro das quadras”, explica Maxwell.
“A arte faz parte da essência do Rio Open e, desde 2015, o torneio fecha parcerias com importantes nomes da arte contemporânea brasileira. A cada edição convidamos um artista renomado e a nossa proposta é que a obra, criada com exclusividade para o Rio Open, traduza a energia e a vibração do torneio. Para este ano vamos contar com o talento de Maxwell Alexandre, carioca que vem se destacando no cenário nacional e internacional”, comenta Marcia Casz, diretora geral do Rio Open.
A obra criada pelo Maxwell, cujo recorte dá origem ao pôster, mede 320x480cm. Além da cor do saibro, Mawxell também usou como inspiração as linhas brancas que marcam os limites da quadra. Ele explica que usa fitas para proteger suas obras e não as danificar e isso o remeteu aos limites das quadras. Na arte criada para este ano, as fitas brancas permeiam e são de presença forte nos resultados que estarão expostos para o público durante todos os dias do Rio Open. A obra ainda estará estampada em produtos exclusivos da La Boutique como camisas e moleskines. O artista agora faz parte, ao lado de Bechara, Daniel Azulay, Carlos Vergara e Raul Mourão, dos criadores que deixaram suas marcas no torneio
O artista ganhou o olhar do grande público em 2017, com a série “Pardo é Papel”, conhecida por enormes bandeiras com diferentes temáticas expostas em cada uma delas. Para esta obra, ele deu continuidade à essa característica. “Ao juntar 16 folhas de papel pardo de 120 x 80 cm (tamanho de fábrica do papel) eu crio uma grande folha que mede 3 metros e 20 cm de altura e 4 metros e 80 cm de largura. Esse formato de papéis juntos é o que chamo, dentro de minha prática, de bandeira”, afirma.
Artista brasileiro, Maxwell vive e trabalha no Rio de Janeiro. Sua poética consiste na construção de narrativas e cenas estruturadas a partir de suas experiências cotidianas na cidade e na Rocinha, favela que se destaca por ser a maior e mais populosa do país. Graduado em Design na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), em 2016. Em 2019, integrou com sua individual “Pardo é Papel”, realizando-a no MAR – Museu de Arte do Rio, e no MAC Lyon – Musée d’art contemporain de Lyon, França, sua primeira individual internacional. Ainda no mesmo ano, recebeu o Prêmio São Sebastião de Cultura 2018, da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro, na categoria Artes Plásticas. Em 2018 participou da residência artística na Delfina Foundation, Londres, e das exposições coletivas “Recortes da Arte Brasileira” na Art Berlin Fair, Berlim, Crônicas urgentes na galeria Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, e “Histórias Afro-Atlânticas” no MASP – Museu de Arte de São Paulo. Em 2018 realizou sua primeira exposição individual em galeria, “O Batismo de Maxwell Alexandre” e participou da coletiva “Abre Alas 14”, ambas na “A Gentil Carioca”, Rio de Janeiro. Em 2017 integrou a exposição coletiva “Carpintaria para todos” na Carpintaria, braço carioca da galeria paulista Fortes D’Aloia & Gabriel e realizou a individual “Laje só existe com gente” na Rocinha Surfe Escola, Complexo Esportivo da Rocinha, Rio de Janeiro, mostra que expôs pela primeira vez que a série “Pardo é Papel”. Sua obra integra o acervo de importantes coleções como Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu de Arte de São Paulo; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Musée d’Art Contemporain de Lyon, França e Perez Art Museum Miami, Estados Unidos.