Sensação chilena Jarry surpreende Cuevas e busca vaga na final contra Schwartzman, neste sábado
O jovem chileno de 22 anos não se intimidou ao enfrentar o experiente Cuevas, campeão do Rio Open 2016. Foi firme no saque, jogou de forma agressiva e aproveitou a primeira chance que teve para vencer, subindo à rede e fechando o ponto. Será a primeira semifinal de um torneio nível ATP de Jarry.
“Vim aqui pensando em jogar o qualifying, mas alguns jogadores desistiram por lesão e acabei entrando na chave. As condições mais lentas do Rio me favorecem, mas não esperava ir tão longe, vencendo jogadores experientes no saibro. Estou muito feliz com esse resultado”, disse o chileno de 1,98m de altura.
Jarry segue os passos do avó Jaime Fillol, que foi 14º do mundo, com 7 títulos na carreira. “Ele foi um grande jogador, e me incentivou a seguir a carreira no tênis”, contou o chileno.
A partida contra Schwartzman será a primeira entre os dois. O argentino de 25 anos, cabeça de chave nº 4 do torneio, alcançou sua melhor posição no ranking, o 24º lugar, em janeiro, após chegar nas oitavas de final do Aberto da Austrália, e faz sua melhor campanha no Rio Open – no ano passado parou nas quartas.
Contra Monfils, Schwartzman dominou o jogo. O francês até fez suas jogadas performáticas, teve chances, mas o argentino foi mais consistente. A partida na quadra Guga Kuerten foi acompanhada por bom público e por Gustavo Kuerten, que ao entrar no estádio foi ovacionado pelos fãs. Guga assistiu ao jogo ao lado dos principais nomes do tênis brasileiro.
“É sempre bom vencer jogadores como o Gael (Monfils), que foi top 10. Venho melhorando ano a ano, e agora estou na minha primeira semifinal de um ATP 500 no saibro. Estou confiante para o próximo jogo. Nunca joguei com Jarry, mas o conheço bem, ele tem um tênis agressivo, é alto, tem saque fortíssimo”, disse o jogador, baixo para os padrões do esporte, com 1,70m.
Muito aguardado pelo público do Rio Open, Monfils elogiou a competição. “Gostaria de ter jogado melhor, e do outro lado da quadra havia um ótimo jogador. Mas saio daqui feliz com a experiência de ter jogado o torneio. O clube é ótimo, o torneio bem organizado, gostei de ter vindo para os torneios da gira sul-americana de saibro, e considero voltar”, disse.
André Sá se despede como jogador do Rio Open em homenagem emocionante
A semana no Rio Open foi de fortes emoções para o mineiro André Sá. Aos 40 anos, sendo 21 deles jogando o circuito mundial, o tenista decidiu se despedir das quadras nos dois torneios ATP realizados no Brasil. Na noite desta sexta-feira, Sá recebeu uma bela homenagem do ATP 500 do Rio na quadra Guga Kuerten. Um vídeo com imagens de sua carreira e mensagens de amigos tenistas o emocionaram.
“Agradeço o Kirmayr (Carlos Kirmaryr), treinador que acreditou no meu sonho de ser jogador e me incentivou a treinar nos Estados Unidos, minha esposa Fernanda e minha filha Carolina, por aguentarem minha ausência por 30 semanas no ano, meus pais, que sacrificaram seus sonhos para eu seguir o meu, e meu irmão Vinícius, meu maior torcedor”, disse Sá, que já assumiu a função de treinador de Thomaz Bellucci, com quem jogou duplas no Rio Open, além de ter sido anunciado como novo consultor de relações com os jogadores da Federação Internacional de Tênis (ITF).
Contemporâneo de Gustavo Kuerten, Sá alcançou a 55ª posição no ranking de simples e a 17ª nas duplas. Disputou as quartas de final de Wimbledon, em 2009, feito só alcançado no Brasil por Guga e Thomaz Koch. Também foi semifinalista de Wimbledon nas duplas, em 2007, em parceira com Marcelo Melo.
Sá conquistou 11 títulos de duplas na carreira, e é o terceiro duplista mais vitorioso da história do tênis brasileiro. Também disputou quatro Jogos Olímpicos e defendeu o Brasil na Copa Davis em 20 confrontos, tendo participado da campanha da semifinal de 2000. O jogador também tem importante participação nos bastidores do esporte. Participou do conselho de jogadores da ATP e agora assumiu o cargo da ITF.
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